Até quando abusarás da nossa paciência, ó Mario? Não vês que o senado já conhece teus planos para desestabilizar a universidade? Não percebes que eu já o sei, que todos já o sabem, que tu te prostituiste com a plebs e que tua xerox não é mais do que um circo, um triste espetáculo de superlotação? Acaso achas que não percebémos sua malévola intenção quando dizes que os professores não deixaram textos contigo? Mentira! Queres a destruição de todos!!
O tempora. O mares! Esta universidade já o sabe, o blogueiro já o sabe, e todavia este infamante Mário vive. Vive e bem mais, tu, e teus aliados do ensino particular tramam para interromper o funcionamento diario desta Ludus Magna. Tu e teus amigos, que após dilapidarem o próprio patrimônio na jogatina e prostituição agora querem arrastar todos para o abismo consigo. Que fazes aqui senão zombar de nós, quando sabes que seu frustrado plano para cercar o departamento e atear fogo a todos os professores já é conhecido? Vai Mário. Vai para a Estácio de Sá e deixe-nos em paz. Aproveita a clemência deste consul e sai com tua cabeça sobre os ombros enquanto podes!
PS: este blogueiro só tira cópias na xerox do Sila.
Será que as enquetes se empilham igual aos posts?
Você acha que eu devia voltar a escrever?
Thursday, April 27, 2006
Tuesday, April 25, 2006
in vino veritas
Eu deveria dizer que hoje é o terceiro dia do festival do vinho na antiga roma. Ou que pelo menos ontem foi o segundo dia. Não sei de mais nada, obras no andar de cima, o barulho não me deixa dormir, não me deixa pensar, não me deixa trabalhar, eu nem sei mais quem eu sou.
Wednesday, April 19, 2006
argumentum ad nauseam
"Eu nunca imaginei que vento pudesse gerar energia, pra mim vento só servia pra empinar pipa!"
"Eu não sabia que a áfrica tinha cidades tão limpinhas!"
eu não sabia isso!
eu não sabia aquilo!
E precisa esfregar a sua ignorância na nossa cara? O que ele quer? Diploma de Burro?!
Millorus Fernandus bem disse que "quem inventou o alfabeto já foi analfabeto", implicando que todo mundo pode aprender. Mas orgulhar-se de não saber é foda!
E pior é ter que escolher entre o "burro" e os "espertos demais".
"Eu não sabia que a áfrica tinha cidades tão limpinhas!"
eu não sabia isso!
eu não sabia aquilo!
E precisa esfregar a sua ignorância na nossa cara? O que ele quer? Diploma de Burro?!
Millorus Fernandus bem disse que "quem inventou o alfabeto já foi analfabeto", implicando que todo mundo pode aprender. Mas orgulhar-se de não saber é foda!
E pior é ter que escolher entre o "burro" e os "espertos demais".
Tuesday, April 18, 2006
Hastatinha Revolutions
Desenvolvimento do Coeficiente de Gini nos EUA, de acordo com o US Census Bureau.
1970: 0.394 - 1980: 0.403 - 1990: 0.428 - 200: ?
Benvenidos a el tercero mundo, compañeros estadiunidenses!!
1970: 0.394 - 1980: 0.403 - 1990: 0.428 - 200: ?
Benvenidos a el tercero mundo, compañeros estadiunidenses!!
Hastatinha Reloaded
Coeficiente de Gini para alguns países conhecidos:
Hungria: 0,244 - Dinamarca: 0,247 - Japão: 0,249 - Suécia: 0,250
Alemanha: 0,283 - Índia: 0,325 - Uk: 0,362 - EUA: 0,428
Guatemala: 0,483 - México: 0,546 - Chile: 0,571 - Brasil: 0,600 - Namíbia: 0,707
Hungria: 0,244 - Dinamarca: 0,247 - Japão: 0,249 - Suécia: 0,250
Alemanha: 0,283 - Índia: 0,325 - Uk: 0,362 - EUA: 0,428
Guatemala: 0,483 - México: 0,546 - Chile: 0,571 - Brasil: 0,600 - Namíbia: 0,707
Thursday, April 13, 2006
Hastatinha
O amigo Celsius Oxfordius me mandou um paper onde é feita uma estimativa do Coeficiente de Gini do Império Bizantino, à época de Basill II. O número?
Entre 0,400 e 0,450 dependendo do método de cálculo.
Entre 0,400 e 0,450 dependendo do método de cálculo.
Wednesday, April 12, 2006
falando sério...
Hoje eu mandei um email para a divina Claudia Laterana em que eu falava de um livro que comprara, e tocava a descer o pau no autor nos parágrafos seguintes. Um detalhe: se eu achasse o livro ruim eu não o compraria. Mas o meu lado rabugento tem aflorado um bocado ultimamente.
Assim sendo, vou introduzir uma discussão nesse blog que ninguém comenta:
Eu acho que o jargão acadêmico é necessário para se obter a devida precisão semântica nos trabalhos e artigos, mas se torna um estorvo quando demasiadamente utilizado.
Analisemos dois exemplos distintos. O primeiro é o livro Chimpanzee Politics, do etologista Franz de Waal.
Não é possível falar de primatologia de modo preciso sem usar o jargão da área. 'Macho alfa', 'dominância formal', 'cio' integram um conjunto de termos que o pessoal desta área precisa usar, sob pena de do contrário expressar-se mal.
Por isso mesmo, o livro dispõe de uma introdução onde estes conceitos são definidos e apresentados para o público geral e eventuais estudantes de etologia. O livro, embora escrito com precisão, também não peca por preciosismos excessivos: De Waal poderia perfeitamente escrever Pan Troglodytes e Pan Paniscus, mas pouquíssima gente saberia que ele estaria se referindo a Chimpanzés e Bonobos, reespectivamente.
Não é a toa que esse livro ganhou amplo espaço na imprensa na década de 80, gerando inclusive um documentário para cinema. Seu texto, além de interessante, é amplamente acessivel. Eu não sou biólogo e fico muito feliz de poder ler e entender perfeitamente um trabalho fascinante e pivotal na área da primatologia. Uma curiosidade. Apesar do livro do De Wall não tocar no assunto, vários cientistas hoje já querem a alteração da classificação taxonômica do chimpanzé e do bonobo, para HOMO Troglodytes e HOMO Paniscus!
Exemplo contrário é o livro 'O guerreiro, o soldado e o legionário. Os exércitos do mundo clássico' de Giovanni Brizzi. Apesar de o livro ser bom, o vocabulário o torna inacessível aos não iniciados. Se eu afirmar por exemplo, que o ethos do hoplita lacedemônio difere daquele do miles romanus porque um abraça o stratégema e o outro prefere a bellum iustum, muito pouca gente vai endender que diabos eu disse. E o Brizzi escreve exatamente neste estilo. Onde ele poderia escrever 'Grécia' ele escreve 'Hélade'. Onde ele poderia escrever 'espartano' ele grafa 'lacedemônio', o que é uma pena, porque o livro fica restrito a pequenos círculos, e exclui da possibilidade de compreensão até mesmo pessoas da área de humanas como sociólogos ou historiadores que não sejam versados em cultura clássica.
Eu acho que falar lacedemônio ao invés de espartano é, sinceramente, coisa de VIADO. Daqueles grafados com 'i' porque como diria o Jabor, "quem escreve veado é viado". Mas se a precisão semántica do texto exige que se fale de fides, de vicus, de miles e gens, por que não fazer uma introdução para familiarizar o leitor com esses conceitos?
Note-se que o livro do Brizzi não é um artigo publicado em uma revista de história, é um livro à venda em qualquer shopping center. Mas quem vai entender esse tipo de texto?
Eu acho que assim se perde a "batalha por corações e mentes" para qualquer Paulo Coelho da vida. Os espertalhões, por definição, escrevem para ser lidos. Se a academia escreve para não ser lida, como esperar que o público absorva alguma coisa de real valor?
Assim sendo, vou introduzir uma discussão nesse blog que ninguém comenta:
Eu acho que o jargão acadêmico é necessário para se obter a devida precisão semântica nos trabalhos e artigos, mas se torna um estorvo quando demasiadamente utilizado.
Analisemos dois exemplos distintos. O primeiro é o livro Chimpanzee Politics, do etologista Franz de Waal.
Não é possível falar de primatologia de modo preciso sem usar o jargão da área. 'Macho alfa', 'dominância formal', 'cio' integram um conjunto de termos que o pessoal desta área precisa usar, sob pena de do contrário expressar-se mal.
Por isso mesmo, o livro dispõe de uma introdução onde estes conceitos são definidos e apresentados para o público geral e eventuais estudantes de etologia. O livro, embora escrito com precisão, também não peca por preciosismos excessivos: De Waal poderia perfeitamente escrever Pan Troglodytes e Pan Paniscus, mas pouquíssima gente saberia que ele estaria se referindo a Chimpanzés e Bonobos, reespectivamente.
Não é a toa que esse livro ganhou amplo espaço na imprensa na década de 80, gerando inclusive um documentário para cinema. Seu texto, além de interessante, é amplamente acessivel. Eu não sou biólogo e fico muito feliz de poder ler e entender perfeitamente um trabalho fascinante e pivotal na área da primatologia. Uma curiosidade. Apesar do livro do De Wall não tocar no assunto, vários cientistas hoje já querem a alteração da classificação taxonômica do chimpanzé e do bonobo, para HOMO Troglodytes e HOMO Paniscus!
Exemplo contrário é o livro 'O guerreiro, o soldado e o legionário. Os exércitos do mundo clássico' de Giovanni Brizzi. Apesar de o livro ser bom, o vocabulário o torna inacessível aos não iniciados. Se eu afirmar por exemplo, que o ethos do hoplita lacedemônio difere daquele do miles romanus porque um abraça o stratégema e o outro prefere a bellum iustum, muito pouca gente vai endender que diabos eu disse. E o Brizzi escreve exatamente neste estilo. Onde ele poderia escrever 'Grécia' ele escreve 'Hélade'. Onde ele poderia escrever 'espartano' ele grafa 'lacedemônio', o que é uma pena, porque o livro fica restrito a pequenos círculos, e exclui da possibilidade de compreensão até mesmo pessoas da área de humanas como sociólogos ou historiadores que não sejam versados em cultura clássica.
Eu acho que falar lacedemônio ao invés de espartano é, sinceramente, coisa de VIADO. Daqueles grafados com 'i' porque como diria o Jabor, "quem escreve veado é viado". Mas se a precisão semántica do texto exige que se fale de fides, de vicus, de miles e gens, por que não fazer uma introdução para familiarizar o leitor com esses conceitos?
Note-se que o livro do Brizzi não é um artigo publicado em uma revista de história, é um livro à venda em qualquer shopping center. Mas quem vai entender esse tipo de texto?
Eu acho que assim se perde a "batalha por corações e mentes" para qualquer Paulo Coelho da vida. Os espertalhões, por definição, escrevem para ser lidos. Se a academia escreve para não ser lida, como esperar que o público absorva alguma coisa de real valor?
Saturday, April 01, 2006
ΑΛΕΞΑΝΔΡΟΣ
(ηευ, Κλαθδια, σε ωοψε εντενδερ ισσο ποδε με πεδιρ θμα βαρρα δε ψηοκολατε!)
Hoje eu vi em uma lombada o escrito "ALEXANDRE - PLUTARCO". Achei estranho, não conhecia este livro. Mas como tinha que fazer hora peguei-o e comecei a ler, sabendo que provavelmente me irritaria com a tradução.
Eu disse que o primeiro parágrafo foi suprimido? Deve ser porque Plutarco afirma que vai comparar as biografias de Alexandre e César, e os editores se esforçaram para fazer parecer que trata-se de um livro stand-alone. Não há sequer uma única nota do editor para dizer que o livro em questão é parte da obra Vidas Comparadas (Paralell Lives). Também não há uma porra de uma nota introdutória ou merda de prefácio se dignando a dizer quem diabos foi o puto do Plutarco (sim, estou ficando irritado)!
Por fim, a Ediouro não podia deixar de fazer um link com o filme. Botaram na capa: Alexandre de Plutarco, o livro que serviu de roteiro para o filme.
Como é que é? Plutarco afirma que Alexandre era MODERADO nos prazeres da carne, e aquele filme idiota do Oliver Stone consiste basicamente em três horas de Alexandre dando a bunda pra Hefastion, mais meia hora de Roxana com ciúmes por Alexandre dar a bunda pra Hefastion.
Eu odeio a ediouro.
Hoje eu vi em uma lombada o escrito "ALEXANDRE - PLUTARCO". Achei estranho, não conhecia este livro. Mas como tinha que fazer hora peguei-o e comecei a ler, sabendo que provavelmente me irritaria com a tradução.
Eu disse que o primeiro parágrafo foi suprimido? Deve ser porque Plutarco afirma que vai comparar as biografias de Alexandre e César, e os editores se esforçaram para fazer parecer que trata-se de um livro stand-alone. Não há sequer uma única nota do editor para dizer que o livro em questão é parte da obra Vidas Comparadas (Paralell Lives). Também não há uma porra de uma nota introdutória ou merda de prefácio se dignando a dizer quem diabos foi o puto do Plutarco (sim, estou ficando irritado)!
Por fim, a Ediouro não podia deixar de fazer um link com o filme. Botaram na capa: Alexandre de Plutarco, o livro que serviu de roteiro para o filme.
Como é que é? Plutarco afirma que Alexandre era MODERADO nos prazeres da carne, e aquele filme idiota do Oliver Stone consiste basicamente em três horas de Alexandre dando a bunda pra Hefastion, mais meia hora de Roxana com ciúmes por Alexandre dar a bunda pra Hefastion.
Eu odeio a ediouro.
Subscribe to:
Posts (Atom)