Será que as enquetes se empilham igual aos posts?

Você acha que eu devia voltar a escrever?

Saturday, October 27, 2007

Meia Entrada, o absurdo

Um bom exemplo da máxima "no free meal" é o impacto da meia-entrada em eventos culturais: os preços praticamente dobraram para compensá-la. Diz-se que se o estado quer que os estudantes tenham acesso à cultura, este deveria subsidiá-lo, do mesmo modo que o estado paga pelo acesso gratuito dos idosos aos meios de transporte, ou do mesmo modo que o estado ateniense de fato pagava pelo acesso dos desfavorecidos ao teatro, ao invés de exigir dos artistas que deixassem os caras entrar de graça.

Agora vamos analisar o impacto disso no nosso bolso: Estamos dispostos a pagar, com nossos impostos, a meia-entrada dos estudantes em micaretas, festivais de rock e cinemas? O meu vizinho é quem tem filhos e eu pago metade do ingresso do moleque quando ele vai ver Homem Aranha?

Eu não estou disposto a pagar por isso. Prefiro que o moleque cresça sem cultura se o pai não quiser pagar, afinal o filho é dele. E se eu não estou disposto a pagar por que é que eu devo exigir que o dono do cinema pague?

E não vale dizer que o dono do cinema deveria pagar por isso porque é rico. O Fidel também é. Mandem ele pagar então.

Meia Entrada, a fraude

A UNE está dizendo por aí que a quantidade enorme de carteirinhas de estudante falsas circulando por aí se deve ao fato de eles não mais deterem o monopólio sobre a emissão das mesmas.

Nada mais falso. É justamente o fato injustificável de que a UNE possa vender carteiras de estudantes que criou esse mercado. Somente as instituições de ensino deveriam poder emití-las.

O que é que uma universidade pública ganha emitindo carteiras de estudantes? despesa. É do interesse da universidade portanto, emitir carteiras somente para seus alunos. Uma emissão de carteira falsa não gera receita e implica que um funcionário público tenha que levantar o rabo da cadeira para fazê-la. É quase impossível.

O que é que uma empresa ganha vendendo carteiras de estudantes? receita. É do interesse da UNE portanto, vender o máximo possível de carteiras, inclusive sub-licenciando essa venda para empresas de comunicação e engarrafadoras de bebida alcólica. A emissão de carteiras falsas gera RECEITA MÁXIMA. Esperar que os gestores da Skol, Jovem Pan, PCdoB e UNE não emitam carteiras falsas é esperar que eles ajam contra seus próprios interesses.

Um exemplo interessante é mostrado na Revista Época: Um Reporter comprou junto à UNE uma carteira de estudante da Faculdade Luiz Severiano Ribeiro. Que não existe.

Portanto, para acabar com a farra da meia-entrada é FUNDAMENTAL impedir a venda de carteiras, e DESEJÁVEL limitar à sua emissão às entidades de ensino.

Saturday, October 06, 2007

A Intelectualidade Facista (sic)!

Segundo Bobbio o facismo é a ideologia da violência, e até onde eu saiba, qualquer intelectual dirá que um raciocínio onde se diga que eslavos, judeus ou ciganos são humanos inferiores é facista.

No entanto à esquerda é permitido desumanizar seus adversários. O mesmo intelectual que condena a desumanização é perfeitamente capaz de escrever que um filme "consegue transformar o facista Nascimento em um ser humano". Lembrei-me do Michael Moore, que condena os lucros que Dick Chaney obtém no Iraque através da Haliburton ao mesmo tempo em que compra ações da mesma empresa;

A intelectualidade é rápida em denunciar o filme Tropa de Elite como mera apologia à ação truculenta da polícia, mas convenientemente não toca em uma questão central do filme: É essa mesma políciatruculenta que permite que eles façam reuniões na zona sul onde se fala mal do governo e se fuma maconha. No mínimo. Diz-se que é preciso uma polícia investigativa, mas a consequência imediata da erradicação do tráfico seria a indisponibilidade de alguns dos bens de consumo favoritos da esquerda estudantil e falastrona!

Como é conveniente esquecer como a própria hipocrisia financia o tráfico. O intelectual é capaz de subir o morro e apertar as mãos do traficante que queimou um rapaz no microondas há menos de dez horas. Provavelmente vai bater um papinho qualquer sobre o glorioso Obina com seu amiguinho torturador e assassino. Vai indicá-lo para os amigos dizendo que ele é legal (embora atire em crianças na hora que a polícia sobre o morro)! Vai inclusive fornecer regularmente dinheiro para que ele compre toda a munição, gasolina e matéria-prima de que precise, para barbarizar, queimar, torturar e matar. O custo social do seu prazer petit-bourgeouse é debitado exclusivamente na conta do policial, que é quem de fato mora em comunidade nessa estória toda.

Na hora que a polícia sobe o morro o petit-bourgeois que aperta mão de traficante torturador toma as dores da comunidade onde não mora e denuncia o incômodo da truculência policial. Quando os traficantes cismam com alguém e o expulsam da comunidade, ou esquartejam-no, ou o queimam vivo, ele pede que se "investigue". Eu não consigo imaginar uma postura mais anti-vida, mas o intelecutal de esquerda se acha livre de preconceitos e de idéias facistas. Ele se sente imanado de uma perigosa pureza semireligiosa que garante sua pretensa infalibilidade moral. Ou vocês acham que a arrogância do Lula é só cara de pau?

Eu vou me arriscar a defender o Bope aqui. Acho que ESTADO NENHUM, seja ele uma democracia burguesa, teocracia islâmica ou ditadura de caráter stalinista, maoísta ou castrista toleraria um bando de gente armada cagando regra em seu próprio território. No caso dos EUA eles não o toleram nem no território alheio!

Lênin por acaso criou uma "polícia investigativa" para "investigar" os camponeses que não queriam ter suas terrastomadas pelo Estado Socialista? A Inglaterra por acaso criou uma "polícia investigativa" para "investigar"os camponeses que não queriam ter suas terras tomadas pelas enclosures? Hitler por acaso criou uma"polícia investigativa" para "investigar" os partisanos? E acaso Fidel Castro criou uma "polícia investigativa" para"investigar" os americanos que desembarcaram na Baía dos Porcos?

A verdade é que só se investigam coisas que precisem ser investigadas. Um combatente inimigo não precisa ser investigado, ele é um alvo visível. E esse é precisamente o status das pessoas que circulam por aí de pistola na cintura e AR-15 na mão: combatentes inimigos.

Eu ficaria indignado se a "sanha assassina" do Bope atingisse meus amigos maconheiros porque sei que meus amigos maconheiros não usam armas, eles apenas lucram com o tráfico. Para eles é que se precisa de uma "ação investigativa", e quiçá algumas porradas e serviço comunitário pra ficarem espertos. Eles não ameaçam DIRETAMENTE a vida alheia, nem o aparato estatal.

Mas se eles ficassem "plantando de pistola" prontos a atirar na polícia, eu reconheceria que um policial que os matasse teria agido em legitima defesa - mesmo atirando primeiro.