Quem diria que caberia aos filhos dos orgulhosos vikings encarnar o papel descrito por Nietzsche do Último Homem?
Para Nietzsche, o homem é uma corda bamba perigosa entre a fera e o übermensch. E o proverbial último homem é uma criatura medíocre, que preza o conforto acima de tudo e não tem nenhum desejo de se aprimorar ou realizar coisas. Para mim, o último homem é exatamente a criatura sem sangue nas veias que ao receber um tapa na cara oferece a outra face - se for esse o preço para continuar sentando no sofá assistindo a sua tv.
O que me faz pensar em parafrasear Rubem Braga: o cristianismo parece ser máquina de amansar bárbaro, distrair bárbaro, fazer bárbaro dormir.
Senão, como explicar que o grande chefe das tribos da Jutlândia venha a público com o rabo entre as pernas pedir desculpas enquanto arrastam, queimam e desonram sua bandeira nacional?!
É como o Lula pedir desculpas aos hindus pelo churrasco que os brasileiros comem.
E por falar em brasileiros, até mesmo nós somos menos complacentes. Quando, em decorrência do nosso apoio à Venâncio Flores, uruguaios xenófobos arrastaram o Pavilhão Imperial pelas ruas de Montevidéo, ateando-lhe fogo em seguida, o Almirante Tamandaré pediu permissão para retaliar bombardeando-lhes aquela cidade, em desagravo à honra nacional!
Com louvável moderação, Dom Pedro II não o permitiu. Mas também não foi à público pedir desculpas pela posição brasileira em relação ao Prata.
Será que as enquetes se empilham igual aos posts?
Você acha que eu devia voltar a escrever?
Friday, February 03, 2006
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