Eu estava pensando sobre o quão interessante é a internet hoje. Imaginem que vocês queiram ouvir, na íntegra, Der Ring des Nibelungen. É um ciclo de quatro óperas do Wagner (Der Reihngold, Die Walküre, Sigfried , Götterdämmerung). Não é o típo de coisa que toca no rádio, passa na tv ou sequer se encontra em qualquer loja. E é o tipo de coisa bem cara, deve dar uns 20 CDs.
O que mostra que erudição e cultura custa sim uma grana. Ou custava. Eu conheço alguém que baixou o ciclo completo na internet. Quanto a isso devo dizer que a internet é sim uma coisa maravilhosa; pouco me interessa a questão dos direitos autorais. Cultura, assim como educação, é algo que considero direito básico e fundamental. Se não há facilidade de acesso à peças, livros, discos, não sou eu quem vai recriminar o sujeito.
Será que as enquetes se empilham igual aos posts?
Você acha que eu devia voltar a escrever?
Tuesday, January 24, 2006
Thursday, January 19, 2006
Quae Caret Ora Cruore Nostro?
Eu não tenho uma posição muito firme sobre o que acontece no Haiti exatamente por não ter notícias. Eu não tenho uma noção real do que acontece lá dentro.
Mas devo dizer que, a princípio, vejo com muito bons olhos a intervenção brasileira naquele país. Nenhum país consegue alcançar uma boa liderança ou um importante papel geopolítico sem uma certa participação dos seus exércitos. Perguntem aos Romanos. Se o Brasil que ser um cachorro grande no jogo geopolítico tem que ter uma participação maior no que acontece no continente, incluisve do ponto de vista militar. Do contrário, vamos querer assento no conselho de segurança da ONU pra que? Pra votar no que os outros mandarem?
Sob esse ponto, devo dizer que os duzentos e poucos milhões gastos no Haiti são uma pechincha. Quanto se gasta para manter um império? Um bocado. Eu só ficaria insatisfeito se nós estivessemos jogando dinheiro fora. Mas se for parte de um projeto político para entrar no clube dos grandes, sou a favor.
Note-se que eu não sou favorável a sair invandindo os outros à la Bush, mas líder é quem toma a iniciativa, não quem se isola. Se a gente quer ser uma liderança dentro das Américas temos que ser capazes de mediar ou intervir em conflitos na nossa pretensa esfera de influência. De preferência de modo positivo e não como ladrões.
PS: Cadê o submarino nuclear da marinha hein? Vai ser difícil ser levado a sério só com tacapes.
Mas devo dizer que, a princípio, vejo com muito bons olhos a intervenção brasileira naquele país. Nenhum país consegue alcançar uma boa liderança ou um importante papel geopolítico sem uma certa participação dos seus exércitos. Perguntem aos Romanos. Se o Brasil que ser um cachorro grande no jogo geopolítico tem que ter uma participação maior no que acontece no continente, incluisve do ponto de vista militar. Do contrário, vamos querer assento no conselho de segurança da ONU pra que? Pra votar no que os outros mandarem?
Sob esse ponto, devo dizer que os duzentos e poucos milhões gastos no Haiti são uma pechincha. Quanto se gasta para manter um império? Um bocado. Eu só ficaria insatisfeito se nós estivessemos jogando dinheiro fora. Mas se for parte de um projeto político para entrar no clube dos grandes, sou a favor.
Note-se que eu não sou favorável a sair invandindo os outros à la Bush, mas líder é quem toma a iniciativa, não quem se isola. Se a gente quer ser uma liderança dentro das Américas temos que ser capazes de mediar ou intervir em conflitos na nossa pretensa esfera de influência. De preferência de modo positivo e não como ladrões.
PS: Cadê o submarino nuclear da marinha hein? Vai ser difícil ser levado a sério só com tacapes.
Friday, January 06, 2006
Vade Retro, Herodes
Parece que Herodes está pra morrer. Não o que teria matado crianças em Belém, mas o que teria matado as crianças de Sabra e Chatila. Particularmente, acho que ele já vai tarde. Estranho é que a media afirme estar preocupada com o processo de paz, sempre desconfiei que sua morte fosse pré-condição e não obstáculo.
Mas deixa pra lá, essa media é doida mesmo (eu já expliquei que "mídia" é como os americanos pronunciam erroneamente a palavra "media"?). Não dá pra exigir cultura de quem passa a faculdade inteira jogando sueca. O fato é que a maioria dos reporteres nunca deve ter ouvido falar da invasão do Líbano, eles compram opiniões prontas e as publicam; pegam press releases e dão crtl+c, crtl+v. Simples assim.
Paradoxalmente, parece que o Herodes histórico nem era tão mal assim. Pra início de conversa, Belém era um vilarejo muito mais ínfimo que Niterói. Estima-se que tivesse uns 700 habitantes, logo não devia ter mais do que uns dez ou quinze bebês. E a suposta ordem para o assassinato das crianças não aparece em nenhuma fonte histórica que não o evangelho de Mateus. Não encontra eco nos demais evangelhos oficiais, nem nos apócrifos, nem nos escritos de Flávio Josefo...
Mas deixa pra lá, essa media é doida mesmo (eu já expliquei que "mídia" é como os americanos pronunciam erroneamente a palavra "media"?). Não dá pra exigir cultura de quem passa a faculdade inteira jogando sueca. O fato é que a maioria dos reporteres nunca deve ter ouvido falar da invasão do Líbano, eles compram opiniões prontas e as publicam; pegam press releases e dão crtl+c, crtl+v. Simples assim.
Paradoxalmente, parece que o Herodes histórico nem era tão mal assim. Pra início de conversa, Belém era um vilarejo muito mais ínfimo que Niterói. Estima-se que tivesse uns 700 habitantes, logo não devia ter mais do que uns dez ou quinze bebês. E a suposta ordem para o assassinato das crianças não aparece em nenhuma fonte histórica que não o evangelho de Mateus. Não encontra eco nos demais evangelhos oficiais, nem nos apócrifos, nem nos escritos de Flávio Josefo...
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