"Com efeito, a esquerda de um modo geral assemelha-se sempre a uma nau sem dono. Nessa nau, quando o receio do alto-mar ou o perigo de uma tormenta compele os marinheiros a serem sensatos e a obedecerem às ordem do timoneiro, eles cumprem os seus deveres admiravelmente; quando porém, voltam a ser excessivamente seguros de si mesmos e começam a desdenhar os seus superiores e a desentender-se (...) então, enquanto alguns deles se mostram decididos a prosseguir na viagem e outros insistem com o timoneiro para ancorar, enquanto uns se esforçam por içar as velas e outros tentam impedir essa operação, não somente o espetáculo impressiona mal a quem quer que o contemple, desgostoso com essa discórdia e esses atritos, mas a situação assume um caráter perigoso (...) Por isso acontece com frequência que, após escaparem aos perigos dos mares mais longínquos e às tormentas mais violentas, eles naufragam no porto."
Esse trecho é extraído do historiador grego Políbio. Tem 2200 anos, já. E tudo o que eu mudei ao transcrevê-lo foi UMA ÚNICA PALAVRA. Acreditem.
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